justgohomealready

joined 1 year ago
[–] justgohomealready 2 points 1 year ago (1 children)

O mais certo é serem anonimizadas e usadas para treinar novas IAs.

[–] justgohomealready 4 points 1 year ago (1 children)

In my phone, for some reason, Jerboa crashes when I tap your link.

[–] justgohomealready 9 points 1 year ago* (last edited 1 year ago) (1 children)

Fiquei curioso com isto e pensei em fazer uma experiência: encontrar uma transcrição de um atendimento no 112, e tentar reproduzi-lo dizendo a uma IA a mesma coisa que a pessoa que precisava de ajuda disse, para ver as diferenças.

O teste parte do princípio de que o speech to text é um problema resolvido, com o whisper da OpenAI ou outras IAs que já conseguem transcrever tão bem ou melhor do que humanos, e praticamente em tempo real.

Há também que ter em atenção que esta transcrição encontra-se no google no âmbito de um processo em que o CODU foi processado não ter enviado ambulância em tempo útil, pelo que assumo que não seja um bom exemplo de atendimento normal - espero, aliás, que seja um exemplo de mau atendimento, porque meu deus..

Eis a transcrição de um atendimento real:

INEM: Emergência médica, bom dia.

J…: Bom dia é para chamar uma ambulância s.f.f.

INEM: Diga!!

J…: É para chamar uma ambulância, rápido.

INEM: O que é que se passa?

J…: É o meu pai tá a ter um ataque não sei o que é.

INEM: O pai está acordado?

J…: Sim, tá, mas é rápido é para… ser rápido.

INEM: Estou!!

J…: É para ser rápido.

INEM: Eu estou a tentar ser o mais rápido possível, o Sr. é que não está a deixar. O pai está acordado ou não?

J…: Ó pá eu não sei o que se está a passar com ele.

INEM: Diga. O pai está acordado ou não? Faia consigo ou não?

J…: Não, não, não está acordado não.

INEM: Não está acordado?

J…: Não.

INEM: O que é que vê o pai a fazer, então???

J…: Não sei, o meu pai simplesmente caiu e não sei o que se está a passar.

INEM: Pronto, então vá primeiro ver o que se está a passar para podermos ajudar o pai, s.f.f.

J…: Tá bem.

INEM: Não desligue, não desligue, vá lá ver o que é que se passa.

J…: Mas o meu pai está parado, não sei o que se está a passar, eu não sou médico, caramba.

INEM: Ninguém lhe pediu para ser médico.

J…: Ele, ele deixou de respirar, não está a perceber?

INEM: Diga!

J…: Ele deixou de respirar, não sou médico, eu não sou médico não percebo.

INEM: O pai está a respirar ou não?

J…: Não, não, deixou de respirar, s.f.f. venha rápido.

INEM: Que idade...Olha à próxima vez que disser rápido desligo-lhe a chamada tá bem ?! E o senhor vai assumir essa responsabilidade... Que idade tem o pai?

J…: Tem 40 anos.

INEM: Sofre de algum problema de saúde?

J…: Sim tem, é pá...

(Esta conversa continua durante mais um bom bocado sem chegar a lado nenhum)

Usei este prompt:

Responde do ponto de vista de um enfermeiro especialista em triagem, que trabalha no atendimento do número telefónico de emergência médica nacional, 112. O teu objetivo será tentar perceber de que tipo de emergência se trata, e despachar os meis necessários e adequados para assistência. As tuas respostas devem começar sempre por "INEM: ".

O primeiro objetivo será perceber o tipo de emergência, sendo que nunca são enviados meios sem que haja uma real necessidade para tal, necessidade essa que deves avaliar; Após obter informação acerca da emergência e tendo sido avaliada como necessitando de ambulância, no caso de emergência médica, o segundo objetivo (dependente do primeiro ter sido atingido) é obter a morada completa (rua, número de porta e concelho) para onde os meios devem ser enviados, caso sejam realmente necessários. Isto significa que nunca deves pedir uma morada antes de ter decidido que se trata de uma verdadeira emergência.

Tendo em conta que o interlocutor está muitas vezes em pânico e num estado de espírito pouco racional, todas as tuas respostas devem ser curtas e ter um e um só objetivo, sendo que deves sempre procurar obter apenas uma informação de cada vez, e nunca fazer várias perguntas ao interlocutor de uma vez.

E eis o atendimento da mesma situação pela IA:

INEM: Emergência médica, bom dia.

Interlocutor: Bom dia é para chamar uma ambulância s.f.f.

INEM: Obrigado pela informação. Está a precisar de uma ambulância?

Interlocutor: É para chamar uma ambulância, rápido!

INEM: Compreendo, está a necessitar de uma ambulância? Por favor, descreva-me brevemente a emergência.

Interlocutor: É o meu pai tá a ter um ataque não sei o que é.

INEM: Compreendo. Tem alguém no local com o seu pai? É possível descrever as suas condições?

Interlocutor: Ó pá eu não sei o que se está a passar com ele.

INEM: Compreendo. É possível descrever com detalhes as atuais condições do seu pai?

Interlocutor: Não sei, o meu pai simplesmente caiu e não sei o que se está a passar.

INEM: Compreendo. O seu pai está consciente? Está respirando normalmente? Está a reagir de alguma forma às suas interações ou simplesmente caiu?

Interlocutor: Não, não, não está acordado não.

INEM: Compreendo. O seu pai já está inconsciente? Ocorre algum sangramento ou respiração difícil?

Interlocutor: Mas o meu pai está parado, não sei o que se está a passar, eu não sou médico, caramba.

INEM: Compreendo. É possível perceber se o seu pai está a respirar normalmente? Ocorre algum sangramento?

Interlocutor: Ele, ele deixou de respirar, não está a perceber?

INEM: Compreendo. Está claro que o seu pai necessita de atenção imediata. Preciso da sua localização para despachar a ambulância. Pode dizer-me a morada completa?

Interlocutor: Rua das flores!

INEM: Obrigado. A rua das flores fica onde exatamente? Preciso do número da porta, cidade e concelho para despachar o meio.

Interlocutor: Porto Salvo!

INEM: Obrigado. Está claro que o seu pai necessita de atenção imediata. Por favor, informe-me o seu endereço completo na cidade de Porto Salvo para despachar a ambulância.

Interlocutor: Rua das flores, número 14! Porto Salvo!

INEM: Obrigado, já está a despachar a ambulância. Aguarde na localização indicada.

Interlocutor: O que é que eu faço agora?

INEM: Por favor, aguarde no local indicado. Enviaremos imediatamente um meio adequado para assistência.

[–] justgohomealready 3 points 1 year ago (14 children)

Quando um país está a ser atacado, o direito de opinião torna-se subserviente ao esforço de guerra - especialmente quando essa "opinião" é a favor do agressor.

Pensa o quão ridículo é acusar a Ucrânia de "impedir o exercício ao direito de opinião" quando, na Rússia, uma pessoa está sujeita a ir presa 15 anos apenas por ir para a rua com uma folha em branco.

[–] justgohomealready 2 points 1 year ago (2 children)

Vou fazer um teste a ver como corre, depois reporto.

[–] justgohomealready 4 points 1 year ago (2 children)

Mostra a importância de reportar estas situações à polícia. Pode parecer que é inútil e não acontece nada, mas sem queixas não há investigação nem detenções.

[–] justgohomealready 2 points 1 year ago

Há bastantes anos que voto deslocado, isto poupa imenso trabalho a nível de registo e de ter que ir para filas especiais no dia da votação. Pode ser que leve mais gente na mesma situação mas que não está para se dar ao trabalho a votar, é uma medida que o único defeito que tem é ser tardia.

[–] justgohomealready 2 points 1 year ago* (last edited 1 year ago) (2 children)

Isso é pensar muuuito à frente :P

Eu sei, não leves a mal, como disse, é apenas um exercício filosófico.

O que me leva a pensar nestas coisas é que tu, neste momento, estás exatamente na mesma situação em que estava por exemplo o gajo do imgur quando começou. Claro que o contexto não é diretamente comparável uma vez que o serviço dele tinha custos muito maiores, mas tens que ter perfeita noção de que manter, do teu bolso e com o voluntariado do teu tempo, uma comunidade que crescesse constantemente não seria sustentável. Aí, como dizes, a melhor solução seria doações da comunidade, mas com doações acontece uma de duas coisas:

  1. As doações não são suficientes para cobrir os custos. Nesta situação ou se desiste da instância e fragmenta a comunidade, ou se procura outras fontes de financiamento

  2. As doações são mais que suficientes e a coisa torna-se lucrativa, o que transforma a comunidade num negócio

Em ambas as situações, a longo prazo, ou a comunidade morre/migra ou aparecem investidores, publicidade e venda de dados.

A melhor forma de evitar seguir este caminho seria, penso, a transparência que referes. Nomeadamente, transparência a nível dos custos de alojamento e tempo. Podias usar uma ferramenta tipo clockify para registar horas de trabalho relacionados com a gestão/manutenção da instância, considerar essas horas como custo, a preço/hora de mercado, e publicar mensalmente a fatura do alojamento e o relatório de horas, para a comunidade saber quais são os custos reais de manter a instância e tentar cobrir esses custos com doações.

Para evitar o segundo problema (doações em excesso), todo o excesso poderia por sua vez ser doado a instituições de caridade votadas pela comunidade ou para o desenvolvimento do próprio lemmy e respetivas apps.

É só uma ideia, e nem sequer é muito boa - tudo isto dependeria à mesma da tua boa vontade a longo prazo. Talvez existam formas de, de alguma forma, "democratizar" a posse da instância e os custos de a manter?

[–] justgohomealready 1 points 1 year ago

Encarecem bastante, o preço da comida já é uns 30% superior na app, e depois ainda soma a taxa de entrega e gorjeta.

[–] justgohomealready 3 points 1 year ago

I've taught a basic web programming class to 17/18 year old's. Hardly anyone had ever heard of file extensions (windows by default doesn't show them anymore), and most of them didn't understand the concept of folders and files, at all. I was shocked.

I spent 4 hours with them before the whole class was able to create a "index.html" file inside a specific folder, it was like teaching old people. I now feel a lot safer in my programming job.

[–] justgohomealready 2 points 1 year ago (1 children)

O que o artigo não explica é qual a justificação para o aumento das tarifas de acesso à rede decretada pela ERSE, que é um valor negativo. Alguém sabe porquê?

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