Meta
Para discussões e dúvidas relacionadas com esta instância de Lemmy, bem como requisições de novas comunidades e promoções a moderador.
Requisições
Comunidades
Para efeitos de segurança, a livre criação de comunidades foi desativada, e como tal, é necessária a publicação de uma requisição nesta comunidade, caso alguém pretenda começar um novo espaço.
A publicação deve ter um título no formato Requisição de nova comunidade: <nome>, onde <nome> deverá ser substituído pelo nome da comunidade. O corpo deve conter uma justificação, explicando o porquê da requisição.
Por exemplo,
Requisição de nova comunidade: batatasGostava de ter um espaço dedicado à discussão e partilha de informação relacionada com os variadíssimos tubérculos que existem.
Moderadores
No caso das comunidades originais nas quais ainda só exista um administrador da instância como moderador, e no caso de alguma comunidade não ter nenhum responsável ativo, é possível requisitar a atribuição do cargo. Para tal, e de forma semelhante à secção anterior, deve ser feita uma publicação nesta comunidade com título e corpo adequados.
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Boas!
Antes de mais, excelente pub. Fazes mt bem em iniciar este tipo de discussão. Vou afixar.
Há. Felizmente, como somos relativamente pequenos ainda, temos outras instâncias de maior volume como exemplos. Na sala de Matrix de admins (completamente pública), na qual eu participo diariamente, há sempre malta a falar sobre escalabilidade tanto a um nível técnico como financeiro, e portanto nós vamos começando a perceber o que funciona melhor e o que funciona pior.
Se assim parece, não é intenção. O que eu quero dizer aí é que por enquanto os custos não são proibitivos e eu consigo cobri-los do meu próprio bolso. De momento o servidor custa 7€/mês (eu tinha-me esquecido de atualizar a sidebar com o último upgrade que fiz).
Até há uma semana, não havia qualquer donativo e a realidade era bem essa. Entretanto, a malta foi doando, e eu posso agora aliviar a minha contribuição financeira. Quando eventualmente os donativos cobrirem o custo atual, penso novamente em fazer upgrade, nem que tenha que pagar o salto de preço durante uns tempos.
Aliás, eu não tenho qualquer problema em suportar parte dos custos, afinal de contas fui eu que decidi meter-me nisto (:p), mas se começar a exceder muito um certo limite mensal (nada de concreto, pode ir variando com o tempo, mas por exemplo 10/15€) começo a considerar a situação instável. Se eu vir que a coisa começa a caminhar nesse sentido, eu farei avisos atempadamente e apelos a donativos, claro. Não vou deixar que a coisa se arraste e largar uma bomba assim do nada quando já for tarde demais.
Eu garanto-te que se a plataforma continuar a crescer, vão ser precisos cada vez mais donativos para cobrir os custos. É simplesmente assim que as coisas funcionam. Mais utilizadores, implica melhor servidor, que implica maior custo. Agora, a questão é: o "preço por utilizador" vai crescer desproporcionalmente? Não creio, mas ainda é mesmo muito cedo para dizer. Porém, desde que esse custo seja compensado pelos poucos que vão doando, a plataforma continuará sustentável. Não tenho números em concreto, especialmente para cenários de maior dimensão, mas de grosso modo, se 5% dos utilizadores doarem 1€ por mês, já se teria uma ajuda absurda. Imagina, com 10k utilizadores, ter-se-iam 500€, um valor que te consegue servidores muito potentes.
Isso são custos de hardware, mas e quanto aos custos de pessoal? Bom, por enquanto sou só eu a gerir a coisa e não tenho qualquer intenção de tirar lucro daqui. Faço isto porque tenho gosto e quero contribuir algo palpável para a nossa Internet. Eventualmente, quando já se tiver passado mais algum tempo e eu comece a conhecer melhor as caras mais frequentes que por aqui vão passando, pensarei em convidar mais alguém para a equipa de administração; por enquanto ainda é cedo.
Isso é pensar muuuito à frente :P
O melhor que te posso dizer agora é que não me revejo de todo nas atitudes desse tipo nem alguma vez serei assim. Quero apostar em transparência e numa gestão muito focada na comunidade.
A instância, apesar de ter quase 2 anos, só ganhou realmente vida há coisa de uma semana, e há muita coisa por fazer. Infelizmente, o timing desta polémica e destes apagões não foi a melhor, visto que tenho andado bastante atarefado com outras coisas e não tenho o tempo necessário para agilizar tudo isto em condições. Enfim, em breve o ritmo será outro.
Não conto em abandonar, certamente nunca sem antes estudar devidamente qualquer outra possibilidade. Se eu algum dia deixar de querer ou poder gerir esta instância, sem dúvida que alguém tomaria as rédeas.
Vender, nem em sonhos. Todo o propósito desta iniciativa é dar um espaço livre, federado, longe de desejos capitalistas e orientado à comunidade de falantes de Língua Portuguesa. Vendê-la iria totalmente contra a sua essência e seria francamente criminoso. Não, isso não vai acontecer. Pelo menos não comigo.
De qualquer das formas, com as ferramentas de migração que irão aparecer num futuro relativamente próximo e outras medidas de transparência (por exemplo, quero tentar organizar alguma forma de dar dump de toda a informação pública, de forma a que outras pessoas possam iniciar um "fork" caso algo aconteça a esta instância), o problema de uma instância desaparecer deverá ter muito menos impacto do que tem agora.
Eu sei, não leves a mal, como disse, é apenas um exercício filosófico.
O que me leva a pensar nestas coisas é que tu, neste momento, estás exatamente na mesma situação em que estava por exemplo o gajo do imgur quando começou. Claro que o contexto não é diretamente comparável uma vez que o serviço dele tinha custos muito maiores, mas tens que ter perfeita noção de que manter, do teu bolso e com o voluntariado do teu tempo, uma comunidade que crescesse constantemente não seria sustentável. Aí, como dizes, a melhor solução seria doações da comunidade, mas com doações acontece uma de duas coisas:
As doações não são suficientes para cobrir os custos. Nesta situação ou se desiste da instância e fragmenta a comunidade, ou se procura outras fontes de financiamento
As doações são mais que suficientes e a coisa torna-se lucrativa, o que transforma a comunidade num negócio
Em ambas as situações, a longo prazo, ou a comunidade morre/migra ou aparecem investidores, publicidade e venda de dados.
A melhor forma de evitar seguir este caminho seria, penso, a transparência que referes. Nomeadamente, transparência a nível dos custos de alojamento e tempo. Podias usar uma ferramenta tipo clockify para registar horas de trabalho relacionados com a gestão/manutenção da instância, considerar essas horas como custo, a preço/hora de mercado, e publicar mensalmente a fatura do alojamento e o relatório de horas, para a comunidade saber quais são os custos reais de manter a instância e tentar cobrir esses custos com doações.
Para evitar o segundo problema (doações em excesso), todo o excesso poderia por sua vez ser doado a instituições de caridade votadas pela comunidade ou para o desenvolvimento do próprio lemmy e respetivas apps.
É só uma ideia, e nem sequer é muito boa - tudo isto dependeria à mesma da tua boa vontade a longo prazo. Talvez existam formas de, de alguma forma, "democratizar" a posse da instância e os custos de a manter?
O grande caso problemático é o primeiro. Caso não hajam doações suficientes para cobrir o crescimento da instância, naturalmente a coisa passa a ter os dias contados.
Agora, o segundo caso não penso ser um problema. Referes que com excesso, a coisa torna-se lucrativa e que daí advém negócio, porém, não é assim que vejo as coisas. Como já disse noutras pubs, e como tu dizes tb, qualquer excesso que apareça será reinvestido na comunidade e plataforma, quer através de melhorias de hardware, quer através de donativos ao próprio projeto e aplicações. O meu tempo, sim, é limitado, mas não é nada que não se resolva com mais uns pares de mãos a ajudar. Por enquanto ainda é cedo para nomear quem quer que seja, mas no futuro será algo que terei que fazer. Claro que isto são, para todos vós, palavras de um gajo qualquer na Internet, e pouco valor têm. Penso que com o tempo e transparência, se possa construir confiança.
Gostei da tua sugestão de registar o tempo despendido por mim na gestão e manutenção da plataforma. Não tinha considerado essa opção, mas é um bom ponto de transparência. No entanto, não tiraria daí qualquer benefício financeiro, a não ser que me comesse mesmo muito tempo.
Quanto à democratização da posse da instância, isso seria algo muito mais complicado e não sei até que ponto produtivo. Enfim, dê-se tempo ao tempo; veremos como as coisas correm e vamos discutindo.
Obrigado por iniciares a conversa!
Uma forma de democratizar a posse da instância é transferir a ownership do projecto para uma associação sem fins lucrativos, ou até criar uma para este projecto ou outros semelhantes. Passas a ter participação dos utilizadores (pagas X eur/ano pra ser sócio e tens eleições dos órgãos sociais a cada X anos), com estatutos e regulamentos internos bem definidos, podes minimizar o risco de tornar isto num negócio.