Preferia q fosse alguém q não o advogado pessoal do Lula? Não vou mentir pro senhor. Ao menos parece ser alguém que notoriamente é contra milícias no Judiciário.
Brasil - Geral
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Não sendo talibangélico está bom para mim.
Minha primeira reação foi "quem?" então pelo menos nisso o Estadão acertou. Acho que seria interessante postar uns jornais que editorializam menos porque fica muito dificil saber o que é fato e o que é "o Estadão acha isso" pelo jeito que eles escrevem. No Uol por exemplo eles pelo menos listam parte das respostas que ele deu, aí fica mais informativo pra quem só vai ler a primeira reportagem que vê. Aí dá pra notar que as "não respostas" dele são respostas que normalizam o que já tem.
Na minha opinião, acho que isso é uma grande vitoria do povo da "União e Reconstrução", colocar uma pessoa que aparenta ser tecnicamente capacitada e que a ideologia não foge muito do que já é estabelicido por lei e na cultura política. Mas como não faço parte desse grupo, então acho péssimo ter mais um juiz que responde questão de legalizar aborto com "tecnicamente tem exceções". Como liberais (até os "de esquerda") tendem a ter alergia do conceito de "Juiz Ativista", é isso que tem pra hoje. E tem também a questão de ser aliado pessoal do Lula, mas como o Lula tá velho acho que isso nem é politicamente relevante a longo prazo. Acho que já tá chegando um momento bom pra repensar se o Brasil como um país unico de leis e processos misteriosos é realmente desejável.
Eu acho muito engraçado essa reclamação do Estadão de que a sabatina foi pró-forma e que ninguém conhece o Zanin, dado que simplesmente todas as sabatinas de ministro do STF são assim desde sempre.
Todas as indicações ao STF foram sabatina das de maneira superficial e todas as respostas sempre são genéricas. É quase como se fosse um processo político! 😂
O Estadão realmente é bem panfletariozinho. Na semana passada, quando a S&P indicou tendência positiva de melhorar a classificação de risco do Brasil, o Estadão comparou o Haddad com o Palocci. Sobre o Zanin, eu acho que o papel dos ministros do STF é fazer um esforço direcionado para interpretar a lei de forma a restaurar a intenção original do legislador frente a casos não previstos na lei ou nos quais ela é ambígua. Defendo então que o judiciário tenha uma vontade de imparcialidade diante da lei. Sei que não existem interpretações absolutas de texto nenhum e que imparcialidade nunca é algo pronto e dado mas um valor a ser perseguido. Por isso o STF tem um monte de gente e não só um ministro, para que as diferentes perspectivas possam ser neutralizadas. Dito isso, concordo com as críticas do jornal quanto ao fato dele não ser um pesquisador do direito e de ser constrangedoramente próximo do presidente. Discordo, no entanto, com as críticas por ele ter sido "omisso" sobre questões polêmicas. Acho que é positivo que ele não queira adiantar posicionamentos sobre possíveis julgamentos e não expor seus valores pessoais, porque é papel do juiz que ele seja uma figura discreta e tome suas posições segundo critérios impessoais. Evitando responder estas questões o Zanin conduziu a sabatina para um viés mais filosófico e técnico, e menos político. Achei ridículo o comentário dela de que ele deveria "abrir o coração".
É, na outra reportagem dá pra ver que ele nem foi omisso, demonstrou até o conhecimento esperado sobre as questões. Meu problema com ele é mais o problema classico de esquerdista com juíz que no fim eles vão ter que aplicar a lei mesmo que ela seja injusta. Não acho que vai piorar nada, mas tá tomando o lugar de quem podia melhorar bastante. Mas essa ultima frase é como eu resumo o novo governo Lula.
engraçado que Tucanhêde não questionou nada disso na época que indicaram o Kassio com K e o "terrivelmente evanjegue"