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Escola pública proíbe apresentação de alunos candomblecistas

Segundo a direção da escola, a apresentação, que incluiria atabaques e cânticos em iorubá, poderia ofender alunos e pais de tradição evangélica
Fachada da escola estadual Alcimar Nunes Leitão, em Rio Branco, Acre
Escola proíbe apresentação de alunos candomblecistas.

Por Zé Barbosa Junior

BRASIL13/11/2024 · 08:13 hs

O Ministério Público do Acre (MPAC) está investigando uma denúncia grave de intolerância religiosa na escola estadual Alcimar Nunes Leitão, localizada em Rio Branco (AC). O caso envolve alunos candomblecistas que foram impedidos de apresentar uma dança de orixás durante um evento escolar em comemoração ao Dia da Consciência Negra, que ocorrerá no final de novembro.

Segundo a direção da escola, a apresentação, que incluiria atabaques e cânticos em iorubá, poderia ofender alunos e pais de tradição evangélica. No entanto, o MPAC considera essa justificativa um claro caso de discriminação religiosa.

O promotor Thalles Ferreira Costa, da Promotoria de Justiça Especializada na Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania, enviou um ofício à direção da escola solicitando explicações detalhadas sobre o incidente. A investigação visa apurar se houve práticas discriminatórias e determinar quais medidas serão necessárias para assegurar a liberdade religiosa dos alunos.

Este caso traz à tona um debate essencial sobre a importância do respeito à diversidade religiosa nas escolas e a necessidade de combater a intolerância em todas as suas formas. É crucial que o ambiente escolar seja inclusivo e acolha todos os alunos, independentemente de suas crenças religiosas. A proibição da apresentação cultural dos alunos candomblecistas é vista como um ataque à liberdade de expressão e à diversidade cultural, e o MPAC está atuando para garantir que os direitos desses alunos sejam respeitados.

O promotor destacou ainda que o objetivo do ofício é reunir informações para instruir o processo que investiga possíveis práticas discriminatórias no ambiente escolar. A medida do MPAC reforça a necessidade de garantir que a escola seja um espaço de inclusão e respeito à diversidade religiosa, combatendo a intolerância em todas as suas formas.

#Intolerância Religiosa
#Escola Sem Discriminação #Racismo Religioso

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"Ainda Estou Aqui”: um filme sobre o horror policial que assola o Brasil

O novo filme de Walter Salles é uma adaptação do livro biográfico escrito por Marcelo Rubens Paiva, filho de Eunice e Rubens Paiva, protagonistas que têm suas vidas destruídas pela ditadura militar

Créditos: Divulgação
Por Marcelo Hailer

A esta altura, não há dúvidas de que o filme “Ainda Estou Aqui”, dirigido por Walter Salles (Central do Brasil) e protagonizado por Fernanda Torres (Eunice Paiva) e Selton Mello (Rubens Paiva), é um sucesso absoluto de crítica e público.

E, para se ter uma ideia do tamanho do sucesso de “Ainda Estou Aqui”, fui ansioso assistir ao longa-metragem em um cinema de rua, em plena segunda-feira, na sessão das 13h, com a certeza de que estaria sozinho ou com poucas companhias. Ledo engano, a sala estava abarrotada de gente. Que felicidade!

O filme de Walter Salles é dividido em dois momentos: no primeiro, acompanhamos o dia a dia da família Paiva: Rubens, um engenheiro e deputado cassado pela ditadura em vigor no Brasil (1964-85), e Eunice, uma mãe que, com muita ternura, toca o lar e cuida de seus cinco filhos. A felicidade reina na bela casa à beira-mar, mas, claro, com os conflitos diários de uma grande família.

No entanto, todo o clima de ternura do lar dos Paiva é quebrado de maneira abrupta quando, no dia 20 de janeiro de 1971, Rubens Paiva é levado por policiais à paisana para depor. A ternura cotidiana na qual já estávamos adaptados é violentamente rompida, e o filme constrói essa transição de maneira magistral, mas também com muito terror. A violência militar, que parecia algo externo à família Paiva, adentra a sala de estar e por lá permanece.

Porém, antes do fatídico dia 20 de janeiro de 1971, o horror da violência policial já havia, de alguma maneira, contaminado a família Paiva quando a filha mais velha, Vera, também chamada de “Veroca” (Valentina Herszage), é enquadrada pela Polícia Militar junto com alguns amigos. A cena construída por Walter Salles é primorosa ao conseguir, em poucos minutos, nos informar que tal truculência não deixou de existir, mas que hoje possui outros alvos: antes, os subversivos e comunistas; hoje, negros e pobres.

O que torna tudo ainda mais assombroso no filme de Walter Salles é que, na primeira parte de “Ainda Estou Aqui”, somos levados a pensar que, em certa medida, havia uma ditadura que não era tão violenta assim e que estava atuando “apenas” para manter “a ordem e o progresso”. No texto e na fotografia, o longa-metragem coloca em cena a alienação sobre o que de fato ocorria no Brasil e nos porões da ditadura, onde militantes políticos eram torturados e mortos. É essa violência que se apossou de todos os cômodos da casa da família Paiva.

A entrega de Fernanda Torres

Todo o horror construído por Walter Salles ganha ares ainda mais densos com a atuação de Fernanda Torres, que, com olhares de pânico e uma fala contida, nos transmite a destruição de uma família.

Há vários momentos excepcionais da atuação de Fernanda Torres em “Ainda Estou Aqui”, mas vou destacar um que considero paradigmático na construção da história e do clima do filme.

No dia em que os agentes da ditadura vão à casa dos Paiva para levar Rubens, estamos diante de um dia ensolarado, com algumas crianças acordando… De repente, os cômodos são ocupados por homens armados. Um deles, que se posiciona na sala de estar, empunha um revólver com silenciador. A maneira como Fernanda Torres conduz seus passos e olhares e como diz aos militares “que tem apenas crianças na casa e que não precisam de armas” é impressionante: com o olhar e com uma voz quase inaudível, somos transportados para o horror.

A violência policial

O filme de Walter Salles, além de ser histórico e baseado no livro de Marcelo Rubens Paiva, é também uma obra sobre a violência policial estruturada durante o período da Ditadura Militar, mas que se manteve e se aprofundou no período democrático.

A família Paiva foi destruída pela violência policial, assim como centenas de outras foram durante o regime militar no Brasil. Porém, se por um lado a ditadura terminou e o Congresso Nacional voltou a ser ocupado por parlamentares eleitos pelo voto direto, o mesmo não se pode dizer da violência militar, que ainda assola o Brasil sem muitas explicações, da mesma maneira que ocorria entre os anos 1960 e 1980.

Além disso, a história de Eunice Paiva, que dedica toda a sua vida à luta pela memória e verdade de Rubens Paiva e pelo reconhecimento do Estado como autor de sua morte, dialoga diretamente com a história de dezenas de mães que travam a mesma luta pela memória e verdade de seus filhos assassinados por agentes do Estado.

“Ainda Estou Aqui” cumpre um duplo papel: surge no tempo certo, quando grupos políticos relativizam os horrores da ditadura e mostra o terror que é viver em um regime de exceção. Porém, também retrata que a violência policial ainda continua a aterrorizar, só que hoje em territórios e alvos distintos.

#News #Noticias #Cinema #Filmes #Movies #Movie #Brazil #Brasil

@filmeseseries

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[–] noahloren@libranet.de 1 points 2 days ago

@vietcauang provavelmente boa parte deles sim, nenhuma surpresa.

Só o PSOL pelo visto votou coletivamente contra. E alguns candidatos que votaram de forma contrária à seus colegas de partido.

 

Jandira denuncia bolsonaristas que tentam emplacar PEC do estupro na CCJ

Por Hora do Povo Publicado em 12 de novembro de 2024

A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) denunciou os bolsonaristas por tentarem encaminhar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 164/12, que altera a Constituição para proibir o aborto legal.

O Projeto de Lei 1904/24 com o mesmo teor foi repudiado por toda a sociedade brasileira e agora eles tentam retomar o assunto através de uma PEC.

Jandira afirmou que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 164/12, que altera a Constituição para proibir o aborto legal, inclusive em casos de estupro, é uma “ameaça às mulheres e meninas brasileiras”.

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara chegou a pautar o tema na sessão desta terça-feira (12), mas a votação não ocorreu.

“A bancada do estupro não dá trégua e voltou a ameaçar as mulheres e meninas brasileiras com a inclusão em pauta na CCJ (presidida por uma bolsonarista!) de uma PEC que acaba com o aborto legal no Brasil, além de proibir pesquisas com células-tronco e fertilização in vitro”, denunciou a parlamentar.

Para ela, os bolsonaristas pautaram o tema na CCJ “para desviar o foco do movimento crescente e popular contra a jornada de trabalho 6 x 1. E o fazem de maneira abjeta, com um projeto que desrespeita e criminaliza as mulheres. Como da vez anterior, não permitiremos que essa excrescência seja aprovada”.

A PEC foi apresentada pelo ex-deputado Eduardo Cunha, que já foi preso por corrupção.

O grupo fascista já tentou aprovar o Projeto de Lei 1904/24, que também busca proibir o aborto em casos previstos na legislação. Atualmente, a legislação brasileira só permite o aborto em casos de estupro, anencefalia do feto ou quando a gravidez representa um risco de vida para a gestante.

A deputada Erika Kokay (PT-DF) lembrou que esse PL, batizado de ‘PL do Estuprador”, “não foi adiante por conta da reação da sociedade” e disse que a PEC pautada na CCJ também deve ser rejeitada.

“Nós não somos favoráveis que se coloque que criança pode ser mãe, que crianças vítimas de violência obrigatoriamente devem ser mães. Não somos favoráveis que se coloque estuprador como pai”, anunciou na reunião.

“Depois de não conseguir emplacar o PL do Estupro, a extrema direita tenta, mais uma vez, investir contra os direitos das mulheres e acabar com a interrupção legal da gravidez. Chega de desrespeito à vida das mulheres, chega de premiar o estupro e os estupradores! A PEC de Eduardo Cunha é um retrocesso”, completou.

A reunião da CCJ foi adiada pelo início da ordem do dia na Câmara. Uma outra acontecerá nesta quarta-feira (13) para continuar o debate sobre os temas pautados.

Quem tem útero não tem paz.

horadopovo.com.br/jandira-denu…

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#Politica #Brasil #BrazilPol #News #NoticiasNacionais #Noticias Nacionais #PEC Do Estupro o inimigo agora é o mesmo.

#WomenRightsAreHumanRights

 

Vereadores de São Paulo reajustam os próprios salários em 37%

Em votação única e simbólica, na qual não houve voto nominal, mas sete votos contrários e uma abstenção, a Câmara dos Vereadores de São Paulo aprovou nessa terça-feira (12) o reajuste de 37% dos salários dos parlamentares municipais. Com o aumento, os vencimentos dos vereadores passam de R$ 18.991,68 para R$ 24.754,79 a partir da próxima legislatura, a ser iniciada em fevereiro do 2025.

A assessoria da Câmara divulgou nota sobre o aumento salarial. “O último reajuste aprovado em plenário aos vereadores de São Paulo aconteceu em dezembro de 2016. De lá para cá não houve nenhuma correção salarial. O reajuste aprovado nessa terça-feira (12) ficou bem abaixo da inflação acumulada de janeiro de 2017 a outubro de 2024, que é de 47,34%. Além disso, respeita o teto previsto na Constituição, que é de 75% do subsídio dos deputados estaduais”, explica a nota.

Sem sanção

O projeto do aumento salarial não depende de sanção do prefeito Ricardo Nunes (MDB). A iniciativa partiu da Mesa Diretora da Câmara, presidida pelo vereador Milton Leite (União), tendo recebido pareceres favoráveis das comissões de Constituição e Justiça, de Administração Pública e de Finanças e Orçamento.

A maioria dos vereadores que votou contra a proposta foi da bancada do Psol (Celso Giannazi, Elaine do Quillombo Periférico, Luana Alvez, Professor Toninho Vespoli e Silvia da Bancada Feminista, além de Fernando Holiday (PL) e Jussara Basso (PSB).

@saopaulo
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brasildefato.com.br/2024/11/13…

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